quarta-feira, 13 de abril de 2011

Demônio Branco

A planitude de meu eu
Mistura-se naquele sentimento que oculto
Que guardo,
Que prendo.
E assim, sob o (des)controle da alma
Surge aquele demônio branco
...................................................(com seus cantos de amor
...................................................................................de alegria
.........................................................................................de raiva
.............................................................................................de dor.
Pois, que se perda
Que se ache.
E que chore;
No cultivar de sua maldição.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pedido

E eu só lhe peço, evite minha raiva.
As coisas pequenas, tão simples, tão claras
Que negas, fazem de meu eu um sofrimento
Uma angustia
Uma desconfiança desnessária.
Eu só lhe peço
O que de pedir ainda não me cansei:
Deixei meu coração bater unicamente por amor.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aos que entedem

As palavras, ainda que poucas, têm lá seus efeitos.
Tem cá seus poderes, seus ocultismos inatingíveis.
Das quais, quando sentimentalizadas, expressam em cena
A paradoxal verdade sobre o amor.

*
E o que é o sentir de quem ama
Senão aquilo que se tem quando amado?
Sentindo o medear de seu coração
Salteando sobre meus sonhos
Daquele dia em que estaremos juntos para sempre.

*

Não, não quis falar sob a simplicidade da compreensão,
porque fiz-me intuitivamente complicado
Como quem buscasse um sentido
Um fato
Um problema.
E não me perdi.
Pois, outrora, fugindo daquela palavra
Que hoje me ensinaras a pronunciar tão bem, insisto em dizê-la eternamente:
Eu te amo.