segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ao poeta.

E se acaso um poeta vier a por em palavras o que é amar,
Duvidem.
Digo, pois, como quem vive desse ofício
Que amor não cabe em nenhuma palavra
Em nenhuma poesia.
E, justamente por isso, que poetas vivem nessa árdua missão:
Expressar em versos os anseios do coração.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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IRRACIONALMENTE


Às vezes quando se anda calado

Não é culpa da mente ou do coração.

É culpa do tempo que não sabe apagar a saudade,

E assim o silêncio é a voz do desespero.


E quando no cavalgar das ideias,

Se perder em tristeza, a saída se esquece.

Não se escuta, se padece.

O olhar se lava em lágrimas e vê o que não quer.


Na solução das coisas,

Fugir é piorar, esquecer é covardia.

Problemas sem complicações não são problemas,

São passos da vida que se anda sozinho.


E quando dificultar, o jeito é olhar para o céu,

Sorrir num para sempre,

Mesmo que para isso finja não ser.

Felicidade se vem ao acaso,

E não há nada o que temer

Pois o sorriso será o atalho.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Morangomanos (10/04/2008 16:46 PM)

Estive há muito desenvolvendo essa teoria que começei a criá-la a partir da aula de segunda-feira de Filosofia.

O Titúlo é: Morangomanos: a Nova maneira de sermos o que é preciso.´

É o seguinte: Nos tempos remotos os morangos eram frutas bem minuscúlas, verdes e de gosto horrivél.Nenhum animal queria saber de morangos.
Assim, pensaram os Morangos: é preciso mudar! Temos que nos disseminar e para isso teremos de ser um novos morangos.
Os Morangos então forçaram uma evolução incompreensível, incrivelmente espetacular se tornando de maior tamanho, de cor mais atraente, e como se não bastasse mudou por fora e por dentro também, ficando com um gosto doce, sublime, calhiente e sensacional.Assim, os Morangos viraram alvo de todos, disseminaram-se pelo mundo e hoje são o que são.

E tal qual como os Morangos somos nós.Há muitos de nós que ainda estão verdes, sem gosto, um típico "trem ruim" mesmo.Então o mundo dos outros, no caso os animais que nos cercam nos obrigam a mudar frente ao que eles querem.Nós, como temos a missão precípua de disseminarmos pelo mundo temos que nos curvar a eles.
E é nesse momento que forçamos uma nova aparência exterior e interior, com o único objetivo de sermos degustados e degustantes.
Enfim: temos que nos moranguizarmos.

OBS:Há algo interessante >> O Morango teve de mudar não só por dentro como por fora também, logo a recipróca também nos é válida: Não adianta ter só conteúdo, é preciso ter forma também para que sejamos degustados.Afinal, "Um morango doce porém feio não faz cobertura de torta, ´no máximo vira um recheinho que que é abafado por aqueles de maior saborosidade".

Para lembrar das Idiotagens!


I

Serei sério!

E hoje, dia do dia chegou,
É difícil dizer essas
Coisas femininas, por isso vou
Dizer o que acho que sou:

Gordo, chato, só sei rir, pareço
Mongol e tenho dente quebrado, mas
Tenho algo muito precioso, que vale
Mais que um erro ou até eu mesmo,

A amizade de uma menina de aparelho
Que ama Senhor dos Anéis e o Japão, sou
De boa porque conheço você,
Lorena veia!
Aniversário do Guilhermão!

II

E hoje, dia do dia chegou,
Daquele que em um momento pensou
Que sério seria,
Sem saber que a sua alegria
Era tudo que precisávamos ter.

O nosso mongol do dente quebrado e chato
Aos poucos se tornou porco, gordo e acabado,
Mas, acima de tudo, um homem determinado!
Compositor e poeta desinibido,
Menino risonho e grande amigo.

Aquele que veio do fundo,
Mas que hoje está à frente
Das risadas, dos devaneios...
Do coração de todos nós.

Para nós, Lorena e Lídia
Ficou o lado feminino, que você achou difícil de dizer
Mas o asseguramos que complicado é entender
A pureza do seu coração.
Com todo carinho, hoje o escrevemos,
Doce, bondoso e eterno aliado, Guilhermão!




[Guilherme, Lorena e Lídia


"Aqui não há Lei. Não há nada. Só há nós. Nós somos a Lei

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Às 15.

Institivamente, veio-me a vontadade [nunca antes tida]
De uma dose de café.
Temia-o, por razões quais [não tão racionais] do amargo e do quente.
A xicára, a cá me servida, erigida sobre o vel branco daquela porcelana um tanto barata
Fez-me o primeiro sentir de teu gosto:
Era doce.
Fez-me gostar, quiçá de um novo vício, não por ser doce
Conquanto pelo fato de que, mesmo amargo um dia,
Agora sabia aonde me aquecer.
................................[novamente.

...

Por mais que os céticos tentem negar, a natureza tem sua vida própria e tem por lá o seu Além.
Hoje mesmo, por não me aguentar-me mais de prantos, parece-me que os céus resolveram por mim chorar.
E é assim, que tal como a chuva, são as lágrimas que nos lavam a alma, aquela a do mundo, e as minhas, a do meu eu.

Partitura

A música devia ser seguida como exemplo de vida.
O soar das notas, naquele encontro perfeito
Devia-nos ser a lição do amor.
A melodia, intercalada na medida certa
Entre o grave e o agudo
Entre o alegre e o triste
Criando um concerto tão belo,
Tão infinitamente harmônico
Que, tal como se ama,
Fazem-nos vivos.
A música eterniza-se em si mesma.
O amor, por regra, tende-se a eternizar [quando tocado sobre os acordes certos.
E no mais, amor e música completam-se.
Quer quando juntos
Quer separados, pois
Quando não se tem amor, há de se ter música
E não havendo música, há de ter amor.
Porém, o amor mais verdadeiro e a música mais perfeita
Nascem quando se canta amando.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Eu nunca pensei que dizer apenas um abraço fosse tão doloroso.
Nunca pensei que minha alma pudesse sangrar
A tal ponto de...
De fazer um poeta não conseguir mais usar aquilo que mais sabia usar: suas palavras.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A valsa do(S) eu(S)

As flores, os cardos, os amores
Os fardos, os cacos e teus temores
A minha vida, meu eu
O meu nada.
Os amantes, a lua, o coração
O alado.
O partido [ o quebrado
E aquele sol, meus despedaços
E os porquês, as razões
E meus sorrisos [desilusões
E meu [nosso] destino.

As palavras, já mudas
Já pálidas, inexatas
E a música, ainda mórbida
Ainda sólida, ainda toca.

E no pois
No depois, o balançar
O dançar, a solidão
O som, a batida, a alegria
A dor, minha decisão.
Um olhar
Uma lágrima.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ode aos Deuses

Perdoai-vos, oh grandes senhores

A alma pobre destes humanos,

Miseráveis que nas dores

Não passam de meros mundanos.


Amai-vos, ainda que na ira,

Pois deras de teu corpo e alma sacra

A carne que os da vida.


Amai-vos no desprezo

Que por falso Credo vil

Caíram no desterro.


Oh, Benditos Espíritos, dai-vos misericórdia.

Amargai-vos os pecados

E sangrai-vos a discórdia.


Oh, Eternos de Infinito, dai-vos a glória.

Amalgamai-vos compaixão

E libertai-vos da escória.


E que no cântico do Sino etéreo

O Divino florão nos abram.

E dai-vos o perdão

A estes poucos que restaram.

E foi assim que começou

http://inchamavel.blogspot.com/

Por dentro

E estava ali, acompanhado de si mesmo
E tão só assim; sozinho.
E que por de trás de cada sorriso
Uma lágrima escondida
Um vazio
Um nada.

Ainda que tivesse a quem dizer
Ainda que as palavras fossem ditas
E pudesse ser escutado
Aquele infinito intangível
Persistia. Angustiava
Enferrujando o coração.

E como o pior dos covardes
Admitia sua covardia
É fraco para acompanhar a morte
E tolo para seguir em frente
E por isso pára em si mesmo
Acostumando-se com a águia
Que aos dias lhe tira o sangue.

E não há o que fazer
E não há o que pensar
Se já não podes mais viver
Se já não podes mais falar.

Apenas tenhas força de dizer.
...................................[Adeus.

[incompleta

E tudo quanto me era sorte
Joguei pela janela aberta
Junto do meu destino já sem norte
E da morte ainda incerta.

E, pois, que minhas asas
Já queimadas pelo Sol
Fez-me cair entre os ares
Da infinita desilusão.

E o que dizer se o dito me era fato?
Se dos meus sonhos, o retrato
Da vida que rasguei.

E porquanto, amando a todos como se todos o amassem
Desvendou em seu desterro
Que a voz da alma perece o coração
No abrir dos olhos em desespero
Enxergando uma realidade um tanto quanto em vão.

Sob os fatos.

O entender do eu nem sempre foi fácil. Jamais será. Os olhos que um dia libertam os sorrisos, noutro abrem-nos à solidão. E, sob o desterro de buscar um motivo, os homens já não mais compreenderão que a dor que lhes corre às veias fora apenas um suplício. Um suplício de quem um dia pediu-lhe apenas um abraço.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

...

Um dia, caminhando sobre a Lua
Deparei-me com aquela folha de vento
E, erguendo-lhe as mãos, como que num ato a malgrar o Infinito
A folha que, por demais perto, por demais distanciava-me.
E, pois, que no soar das luzes daquele Sol
Cerrei os olhos numa dose imperceptivelmente sutil,
Sentindo, pela primeira vez, um bater do coração.
Que, num abrir repentino, acalentou-me sobre as mãos
Um susurro emudeçamente lírico
Que jogou entre as nuvens daquelas estrelas perdidas
A minha tão sonhada folha de vento.

Além disso

E se me perguntas o porquê de tudo,
Não lhe darei qualquer resposta.
Pois que o dito pelo não dito
Faz de minhas palavras a minha prece.
De um gritar pelos olhos
Um tanto em vão
Um tanto só.
Um tanto nada
Um tanto pó.
Mas, se ainda me perguntas
Por que não tenha a coragem?
Sei que me tens a resposta
Cujo medo de dizer
Mata-nos aos poucos.