quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Três - I

Dizem que o coração humano é algo incompreensível. E de fato o é.
Assume, por vezes, vontade própria, levando ao descontrole o seu mero hospedeiro.
Nunca me deixei ser levado pelas enfadonhas peripércias da vida.E foi assim que antes mesmo de poder entregar meu coração a alguém, guardei-o.
Conquanto, movido por tal tolice, fiz-me infeliz.
Guradei apenas o coração, mas deixei no sangue o sentimento de me apaixonar.
E foi aí que errei; apaixonando-me sem sequer ter coração.

Sei que preciso encontrá-lo e lhe dar o devido lugar.
Entretanto, não sei a quem entreguei as chaves.

20/01/2010 22:11 PM Goiânia - GO

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Analítico

Instantaneamente não se é possível imaginar até que ponto podemos seguir com algo.
Não se tem um limite natural. Limitamo-nos por nós mesmos. E por isso se para. Tudo para. Nós paramos.
Nunca fui bom em tomar decisões as quais me cabiam resolver. Não porque não quis, porquanto por não ter coragem. E assim, engando-me aos poucos, dizia com meu eu: "E que o tempo cuide".
Ilusão. O tempo apenas disfarça. Apenas deixa que nossa máscara se encaixe agradavelmente.
Não há como se apagar as lembranças, e muito menos, apagar a realidade.

Eu não desiti por vontade. Desisti por razão, ainda que tola, eu desisti.
Talvez seja melhor pensar que seu caminho jamais encontraria o meu, ao menos da maneira como eu quisera que os encontrassem.
Não estou triste. Não estou feliz.
Não estou nada, nada além de mim.


18/01/2010 - Goiânia GO 23:03 PM

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Paradoxal

As pessoas não sabem um mínimo do que realmente elas são. Aliás, nunca souberam. Nunca saberão.
Eu não me perdi por capricho. Perdi-me por necessidade. Não me queixo da realidade, só não a acredito.
E, pois, que os pergunto; o que as pessoas são?
Eu não sei. Quem sabe?
Eu não.
Talvez um dia importe dizer que somos os mesmos, unidos num só. Mas, talvez isso seja prescindível. A vida é. Tudo foi.

Hoje as razões parecem se perder mais ainda. Creio que me acho em devaneios.
Quiçá, minha vontade...
Porquanto ainda tenho prazer em dizer: sou humano.

(00:38 PM / Goiânia / 14/01/2010)