domingo, 16 de outubro de 2011

Achas.

Se te achas o bastante por si mesmo,
Engula-te em teu ego
E regre suas ameaças:
- Não sou de alma serena
Tampouco de extremismos racionais.
Mas, não por isso, digo-lhe:
O precisar nem sempre preenche a necessidade.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

...

Percorreu por mais de dois mundos,
Num, em que fazia-se feliz,
Noutro, sentia-se assim.
E no mais, aquém de tudo isso
Caiu em seu próprio desterro
Em sua própria dúvida
Em seu descaso.
E, em sob a escolha de suas duas vidas,
Nunca soubera matar nenhuma.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

...

Ás vezes tudo parece ser monótono.
Um marasmo de nostalgias,
de rotulações
de regrados.
Ás vezes a razão pensa em desistir
Mas, ás vezes o coração insiste
..................................ou o contrário.

domingo, 25 de setembro de 2011

V.er.DADE;

Toda vez que estive sob meu próprio Eu, perdi-me:
Não por vontade, ou por fraqueza;
Pior; perdi-me por indecisão
por racionalidade.
E, nessa minha verdade, descobri que o pior de mim sobre os olhos do outros é que sempre taxaram-me de algo
- que, infelizmente, jamais souberam o significado:
Emotivo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A primeira vez que voei

Foi ali, naquela janela
Que um pássaro sem nome
Anunciou a minha morte.
Pulei a lhe alcançar, mas não,
Voei. Voei para o nunca mais voltar.
A grande novidade da vida é não vivê-la.
Quem vive não vive a vida,
Vive o tempo.
Viver a vida é algo além, aquém de nós.
Viver a vida é tentar sempre ser.
..........................................[ você

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

.

Não me perguntes tuas fraquezas, porquanto não sou homem de evidencias. Não me perguntes tuas angustias porque não sou homem de lágrimas. Sou, por teu e tão só a mim, aquele que reinas alguém que julgas medíocres, sou, por teu reino alguém que um dia terás sobre tuas mãos o amor de toda a divindade que um dia julgas serdes leal.

Leia-se

Espera um pouco mais da realidade. Um pouco mais de si mesmo, e um tanto menos da tua covardia. Esperava um pouco mais de si mesmo nas tuas dúvidas, em que a única resposta que achavas que fostes uma não demora, mas um "sim" forte, fostes uma medíocre perspicácia Espera, depois de uma HOMENAGEM QUE HOJE NUNCA APARECEU, um pouco mais de você, porquanto, no medear de tuas palavras não passassem de mera obrigação, espera-te que ainda em público e vencendo todos os obstáculos como agora eu venço, não temerás em dizer: EU TE AMO.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sempre odiei as palavras, não por mim mesmo, mas sim porque elas sempre foram capazes de percorrer um caminho além de mim, além de meu coração. Um caminho que, digo-vos sinceramente, tenho medo de descobrir: Eu.
‎"Você se diz humano porque sente. Porquanto, diz amar ou gostar. Valha-me a tua hipocrisia o bastante para recusar o perdão de quem, ao teu lado, diz-lhe com máxima vênia que amor não se mede, sente-se."

domingo, 14 de agosto de 2011

Wimps

Às vias de uma luminosidade,

a natureza cria sua virtude no compasso misterioso

da escuridão.

- a matéria não abre mão de sua forma.

.............[mas, prefere agir no ocultar de sua grandeza

.................................................... infinitamente imperceptível.

Resta-nos, tão só

...................sentir.

sábado, 13 de agosto de 2011

Na medida dos tempos.

O tempo é uma questão peculiar.
Existe na medida física das coisas, isto é;
Na passagem dos dias, noites, horas e minutos.
Não obstante, cria forma aquele tempo criado por nós mesmos:
Um tempo em que minutos possam ser anos, e os anos, meros segundos.
E este, por sinal, o tempo dos amantes, cujo relógio se chama coração.

domingo, 7 de agosto de 2011

6.8.2011

Quanto eu mais prescei seus olhos cerraram.

Quando mais espera um apoio, tive uma desilusão.

........................................ tive uma expectiva.

Quanto mais esperava um prazer

Quanto mais esperei por você.

Tive apenas uma desconfiança.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

ARMS

http://www.youtube.com/watch?v=yItEDTSnjj4

quinta-feira, 9 de junho de 2011

No uivar do último lobo da alcatéia.

Hoje não quero falar sobre nada.
Não quero falar de dores
De alegrias
De mim.
Não quero falar de você.
Não quero falar de nós.
Não quero nada. Nada além do nada.

Não. Não quero respostas
E muito menos perguntas.
No hoje, o além de mim cegou-se

Hoje não vou prometer
Não vou fazer
Nem vou sentir
Hoje apenas vou escrever
De como matei uma metade de mim:

Arrancando à força meia leva de um frio coração, de uma recordação e de toda insegurança.
Jogando sob o túmulo
A ainda frágil, mas persistente:
Semente da esperança.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Duelo de Destinos

E se de repente só acordassêmos tarde demais para perceber que estavamos em um duelo.

Brigando cada um por seu destino, sem sequer saber o que realmente eles eram.

E se no mais, nenhum se deu por conta que não se tratava mais da realidade como ela se apresentava,

E sim como se obrigassêmos a sê-la o que queriamos.

- Errando cada dia mais: porque as realidades não mais se completavam.

[duelam entre si.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Minha vitória

Passei por um tempo que sequer o sabia,
Perdido entre dor e angústia
Entre ódio e esperança.
Mas, foi assim, que num súbito de mim mesmo
Insisti em sorrir.
E, desse jeito, percebi que, mesmo não querendo, apaguei-lhe aos poucos
............................................................................................................[ das lembranças
............................................................................................................[ do coração.
E hoje, posso ser eu
Sorrindo sem receios de chorar novamente.
Hoje, finalmente, eu venci.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

....mática.

Não precisa me ensinar as coisas que já desaprendi.
Não, não preciso de seus verbos.
Aprendi a cria-los:
Desaprendendo de você.

Ao entardecer

Aos poucos, passei a perceber que aquela luz não mais brilhava como antes. Muito embora, ainda não saiba eu se fora a luz que mudara por conta própria ou se fora eu que passei a enxergá-la doutra forma.

E foi assim, que
aos revezes do tempo e da distância
Aprendi a lhe apagar
com os sorrisos do presente.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

...

Os poetas, como reza a fama, não se apaixonam.
Não porque não querem,
Mas sim porque toda vez que o fizeram
Saíram feridos.

domingo, 15 de maio de 2011

14

E nas profundenzas de meu eu, acreditei.
Acreditei em você. Acreditei em algo que achava que você não sentia nada.
Mas, iludido sobre minhas lágrimas
Descobri que você estava feliz.
E foi assim, que amando, percebi que a melhor coisa que tinha a fazer era deixar você sentir o que, no além, jamais sentira e mim.

terça-feira, 3 de maio de 2011

..

A pior das guerras não vem de fogo
não vem de terra
não vem de água.
A pior das guerras travam-se entre os poetas
Com as granadas de palavras
Armadas ao ataque
Dos ladrões de corações.

Trovinha

Para aqueles que sabem amar
Digo que não expalhe-no.
Pois é assim, que, atiçando a curiosidade dos desolados
Faremo-os descobrirem a sensação de ser amado!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Demônio Branco

A planitude de meu eu
Mistura-se naquele sentimento que oculto
Que guardo,
Que prendo.
E assim, sob o (des)controle da alma
Surge aquele demônio branco
...................................................(com seus cantos de amor
...................................................................................de alegria
.........................................................................................de raiva
.............................................................................................de dor.
Pois, que se perda
Que se ache.
E que chore;
No cultivar de sua maldição.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pedido

E eu só lhe peço, evite minha raiva.
As coisas pequenas, tão simples, tão claras
Que negas, fazem de meu eu um sofrimento
Uma angustia
Uma desconfiança desnessária.
Eu só lhe peço
O que de pedir ainda não me cansei:
Deixei meu coração bater unicamente por amor.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aos que entedem

As palavras, ainda que poucas, têm lá seus efeitos.
Tem cá seus poderes, seus ocultismos inatingíveis.
Das quais, quando sentimentalizadas, expressam em cena
A paradoxal verdade sobre o amor.

*
E o que é o sentir de quem ama
Senão aquilo que se tem quando amado?
Sentindo o medear de seu coração
Salteando sobre meus sonhos
Daquele dia em que estaremos juntos para sempre.

*

Não, não quis falar sob a simplicidade da compreensão,
porque fiz-me intuitivamente complicado
Como quem buscasse um sentido
Um fato
Um problema.
E não me perdi.
Pois, outrora, fugindo daquela palavra
Que hoje me ensinaras a pronunciar tão bem, insisto em dizê-la eternamente:
Eu te amo.

domingo, 27 de março de 2011

CONFISSÃO

Eu não sei por que às vezes falo coisa por coisa
Num cantar estouvado, preso, confuso e passado.
São coisas, penso eu, que vêm da alma.
Frutos de um estrago feito e não consertado.

Por vezes me lembro que meus versos não eram assim;
Tão ébrios, tão tolos, tão fracos;
Meus versos cantavam sons sem começo nem fim.
Eram perfumes de raros os frascos.

Agora já nem bem sei o que são
Talvez quartetos rimados que se passam e vão,
Não são como outrora que marcavam a história.
Agora já bem sei: são restos da memória.

Pensar em compor eu já não penso,
Passeio em idéias, momentos,
Por vagos a inúteis pensamentos.
Passados, perdidos; restos do meu tempo.

terça-feira, 22 de março de 2011

De hoje.

E não como o hoje
Que já não tanto como o ontem
Concretiza a realidade de meus indesejos.
E, não a explicar, pois que de tão somente
É o que sinto sentir.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Cognatismo ao Amor

E hoje, veio-me a vontade inusitada de gritar ao mundo,
Esbravejar, loucamente, como quem carrega consigo o coração sobre as mãos; seu nome.
Dizer aos céus que és meu,
Cantar aos louvores etéreos que te amo
Que te quero a cada instante
A cada abraço,
A cada beijo,
....................[infinitamente constantes.
Fazer partir de meu âmago, toda minha paixão,
Todo meu desejo,
Fenecendo-me aos poucos com o extasiar de teus olhos
De teu corpo,
De teus sorrisos.
E assim, sob o pândego que por sempre me sustenta
Soarei pelo mundo, pelas sutilezas dos ventos
O sinônimo de amor: seu nome.

domingo, 13 de março de 2011

À Helena,

E foi assim que, vivendo aos conselhos do tempo, pude aprender que amar é chama que reacende no brilhar dos olhos e daquele eu te amo.
Que aprendi um novo conceito de sentimento
Que é mais do que amor,
Um sentimento que conjugarei eternamente ao meu lado:
Helenizando-me.

Flechas

E se acaso me perguntes se resta alguma esperança
Pois vos digo, ainda havia.
E. se no clarão de suas falsas razões enxergar-me como o errado
Vos digo que quem dá causa é o causador.
Que, de todo meu sorriso
Fostes tu meu desterro
E, que, de hoje
Se tua felicidade se encontra a milhas de meu eu
Que sejas feliz
E que, para mim
Basta.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Aquilo que chamaram de monstro

E por tanto quanto disseram-no ser um monstro
Que, por tal a escolherem-no um sentimento
Moldando-o a uma decepeção
Que as flechas da desilusão atingiram (ainda que aos poucos
O surrar de seu coração.
E, imperceptivelmente, alimentaram a passos lentos
O desterro de um anjo que ainda poderia ter suas asas
.......................................................................................[novamente.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Seis

O porquê do impossível,
Em sua conformação institivamente intangível,
Fez de mim um instrumento.
Um releito, já sem nome
....................[sem sangue.
E como se de todo esforço
O todo ainda fosse em vão
Perdido em atitudes desreconhecidamente valoradas
E julgadas perante a unicidade dos olhos
Que não se pergutam o porquê.
.......................................[de seu(s) impossível(eis)

quarta-feira, 9 de março de 2011

.

Não me importei com a realidade que julgaram sê-la.
Não fui feito de certeza, nem tão pouco de pensamentos.
- fui feito de mim mesmo, numa dose um tanto insana
De desrealidade racional.

sexta-feira, 4 de março de 2011

(Des) Razões

E se o futuro estivesse tentando lhe dizer algo por você mesmo? Como se, por suas palavras, aquelas que ninguém ouvia, realmente não eram para serem ouvidas senão apenas por si mesmo.
E por que não abristes os teus olhos e preparastes para o tudo?
Por que taxou-se de louco? Ouça a ti mesmo, ouça a tuas palavras.
Lembra-te, qual foi a primeira coisa que falou sobre elas?
Acha tudo sem sentido. Mas por que não interpreta com mais delicadeza as fruezas do implícito, jovem lírico.
E, se num cair da insanidade, pense bastante naquilo que batizastes de "Confissão".

No Eu.

O Eu é um ser um tanto quanto paradoxal
Numa mistura, imperceptivelmente, simples e complexa.
Um Eu é estável, é fixo.
Não obstante, é inconstante, é dinâmico.
É, pois, contra-cena de caos e ordem
Que, outrora, ama rosas
Noutra, cravos.
É perdido. É achado.
O Eu, enfim, só pode ser algo:
Uma busca.

quinta-feira, 3 de março de 2011

...mática.

Não precisa me ensinar as coisas que já desaprendi.
Não, não preciso de seus verbos.
Aprendi a cria-los:
Desaprendendo de você.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ao poeta.

E se acaso um poeta vier a por em palavras o que é amar,
Duvidem.
Digo, pois, como quem vive desse ofício
Que amor não cabe em nenhuma palavra
Em nenhuma poesia.
E, justamente por isso, que poetas vivem nessa árdua missão:
Expressar em versos os anseios do coração.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

.

IRRACIONALMENTE


Às vezes quando se anda calado

Não é culpa da mente ou do coração.

É culpa do tempo que não sabe apagar a saudade,

E assim o silêncio é a voz do desespero.


E quando no cavalgar das ideias,

Se perder em tristeza, a saída se esquece.

Não se escuta, se padece.

O olhar se lava em lágrimas e vê o que não quer.


Na solução das coisas,

Fugir é piorar, esquecer é covardia.

Problemas sem complicações não são problemas,

São passos da vida que se anda sozinho.


E quando dificultar, o jeito é olhar para o céu,

Sorrir num para sempre,

Mesmo que para isso finja não ser.

Felicidade se vem ao acaso,

E não há nada o que temer

Pois o sorriso será o atalho.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Morangomanos (10/04/2008 16:46 PM)

Estive há muito desenvolvendo essa teoria que começei a criá-la a partir da aula de segunda-feira de Filosofia.

O Titúlo é: Morangomanos: a Nova maneira de sermos o que é preciso.´

É o seguinte: Nos tempos remotos os morangos eram frutas bem minuscúlas, verdes e de gosto horrivél.Nenhum animal queria saber de morangos.
Assim, pensaram os Morangos: é preciso mudar! Temos que nos disseminar e para isso teremos de ser um novos morangos.
Os Morangos então forçaram uma evolução incompreensível, incrivelmente espetacular se tornando de maior tamanho, de cor mais atraente, e como se não bastasse mudou por fora e por dentro também, ficando com um gosto doce, sublime, calhiente e sensacional.Assim, os Morangos viraram alvo de todos, disseminaram-se pelo mundo e hoje são o que são.

E tal qual como os Morangos somos nós.Há muitos de nós que ainda estão verdes, sem gosto, um típico "trem ruim" mesmo.Então o mundo dos outros, no caso os animais que nos cercam nos obrigam a mudar frente ao que eles querem.Nós, como temos a missão precípua de disseminarmos pelo mundo temos que nos curvar a eles.
E é nesse momento que forçamos uma nova aparência exterior e interior, com o único objetivo de sermos degustados e degustantes.
Enfim: temos que nos moranguizarmos.

OBS:Há algo interessante >> O Morango teve de mudar não só por dentro como por fora também, logo a recipróca também nos é válida: Não adianta ter só conteúdo, é preciso ter forma também para que sejamos degustados.Afinal, "Um morango doce porém feio não faz cobertura de torta, ´no máximo vira um recheinho que que é abafado por aqueles de maior saborosidade".

Para lembrar das Idiotagens!


I

Serei sério!

E hoje, dia do dia chegou,
É difícil dizer essas
Coisas femininas, por isso vou
Dizer o que acho que sou:

Gordo, chato, só sei rir, pareço
Mongol e tenho dente quebrado, mas
Tenho algo muito precioso, que vale
Mais que um erro ou até eu mesmo,

A amizade de uma menina de aparelho
Que ama Senhor dos Anéis e o Japão, sou
De boa porque conheço você,
Lorena veia!
Aniversário do Guilhermão!

II

E hoje, dia do dia chegou,
Daquele que em um momento pensou
Que sério seria,
Sem saber que a sua alegria
Era tudo que precisávamos ter.

O nosso mongol do dente quebrado e chato
Aos poucos se tornou porco, gordo e acabado,
Mas, acima de tudo, um homem determinado!
Compositor e poeta desinibido,
Menino risonho e grande amigo.

Aquele que veio do fundo,
Mas que hoje está à frente
Das risadas, dos devaneios...
Do coração de todos nós.

Para nós, Lorena e Lídia
Ficou o lado feminino, que você achou difícil de dizer
Mas o asseguramos que complicado é entender
A pureza do seu coração.
Com todo carinho, hoje o escrevemos,
Doce, bondoso e eterno aliado, Guilhermão!




[Guilherme, Lorena e Lídia


"Aqui não há Lei. Não há nada. Só há nós. Nós somos a Lei

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Às 15.

Institivamente, veio-me a vontadade [nunca antes tida]
De uma dose de café.
Temia-o, por razões quais [não tão racionais] do amargo e do quente.
A xicára, a cá me servida, erigida sobre o vel branco daquela porcelana um tanto barata
Fez-me o primeiro sentir de teu gosto:
Era doce.
Fez-me gostar, quiçá de um novo vício, não por ser doce
Conquanto pelo fato de que, mesmo amargo um dia,
Agora sabia aonde me aquecer.
................................[novamente.

...

Por mais que os céticos tentem negar, a natureza tem sua vida própria e tem por lá o seu Além.
Hoje mesmo, por não me aguentar-me mais de prantos, parece-me que os céus resolveram por mim chorar.
E é assim, que tal como a chuva, são as lágrimas que nos lavam a alma, aquela a do mundo, e as minhas, a do meu eu.

Partitura

A música devia ser seguida como exemplo de vida.
O soar das notas, naquele encontro perfeito
Devia-nos ser a lição do amor.
A melodia, intercalada na medida certa
Entre o grave e o agudo
Entre o alegre e o triste
Criando um concerto tão belo,
Tão infinitamente harmônico
Que, tal como se ama,
Fazem-nos vivos.
A música eterniza-se em si mesma.
O amor, por regra, tende-se a eternizar [quando tocado sobre os acordes certos.
E no mais, amor e música completam-se.
Quer quando juntos
Quer separados, pois
Quando não se tem amor, há de se ter música
E não havendo música, há de ter amor.
Porém, o amor mais verdadeiro e a música mais perfeita
Nascem quando se canta amando.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Eu nunca pensei que dizer apenas um abraço fosse tão doloroso.
Nunca pensei que minha alma pudesse sangrar
A tal ponto de...
De fazer um poeta não conseguir mais usar aquilo que mais sabia usar: suas palavras.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A valsa do(S) eu(S)

As flores, os cardos, os amores
Os fardos, os cacos e teus temores
A minha vida, meu eu
O meu nada.
Os amantes, a lua, o coração
O alado.
O partido [ o quebrado
E aquele sol, meus despedaços
E os porquês, as razões
E meus sorrisos [desilusões
E meu [nosso] destino.

As palavras, já mudas
Já pálidas, inexatas
E a música, ainda mórbida
Ainda sólida, ainda toca.

E no pois
No depois, o balançar
O dançar, a solidão
O som, a batida, a alegria
A dor, minha decisão.
Um olhar
Uma lágrima.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ode aos Deuses

Perdoai-vos, oh grandes senhores

A alma pobre destes humanos,

Miseráveis que nas dores

Não passam de meros mundanos.


Amai-vos, ainda que na ira,

Pois deras de teu corpo e alma sacra

A carne que os da vida.


Amai-vos no desprezo

Que por falso Credo vil

Caíram no desterro.


Oh, Benditos Espíritos, dai-vos misericórdia.

Amargai-vos os pecados

E sangrai-vos a discórdia.


Oh, Eternos de Infinito, dai-vos a glória.

Amalgamai-vos compaixão

E libertai-vos da escória.


E que no cântico do Sino etéreo

O Divino florão nos abram.

E dai-vos o perdão

A estes poucos que restaram.

E foi assim que começou

http://inchamavel.blogspot.com/

Por dentro

E estava ali, acompanhado de si mesmo
E tão só assim; sozinho.
E que por de trás de cada sorriso
Uma lágrima escondida
Um vazio
Um nada.

Ainda que tivesse a quem dizer
Ainda que as palavras fossem ditas
E pudesse ser escutado
Aquele infinito intangível
Persistia. Angustiava
Enferrujando o coração.

E como o pior dos covardes
Admitia sua covardia
É fraco para acompanhar a morte
E tolo para seguir em frente
E por isso pára em si mesmo
Acostumando-se com a águia
Que aos dias lhe tira o sangue.

E não há o que fazer
E não há o que pensar
Se já não podes mais viver
Se já não podes mais falar.

Apenas tenhas força de dizer.
...................................[Adeus.

[incompleta

E tudo quanto me era sorte
Joguei pela janela aberta
Junto do meu destino já sem norte
E da morte ainda incerta.

E, pois, que minhas asas
Já queimadas pelo Sol
Fez-me cair entre os ares
Da infinita desilusão.

E o que dizer se o dito me era fato?
Se dos meus sonhos, o retrato
Da vida que rasguei.

E porquanto, amando a todos como se todos o amassem
Desvendou em seu desterro
Que a voz da alma perece o coração
No abrir dos olhos em desespero
Enxergando uma realidade um tanto quanto em vão.

Sob os fatos.

O entender do eu nem sempre foi fácil. Jamais será. Os olhos que um dia libertam os sorrisos, noutro abrem-nos à solidão. E, sob o desterro de buscar um motivo, os homens já não mais compreenderão que a dor que lhes corre às veias fora apenas um suplício. Um suplício de quem um dia pediu-lhe apenas um abraço.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

...

Um dia, caminhando sobre a Lua
Deparei-me com aquela folha de vento
E, erguendo-lhe as mãos, como que num ato a malgrar o Infinito
A folha que, por demais perto, por demais distanciava-me.
E, pois, que no soar das luzes daquele Sol
Cerrei os olhos numa dose imperceptivelmente sutil,
Sentindo, pela primeira vez, um bater do coração.
Que, num abrir repentino, acalentou-me sobre as mãos
Um susurro emudeçamente lírico
Que jogou entre as nuvens daquelas estrelas perdidas
A minha tão sonhada folha de vento.

Além disso

E se me perguntas o porquê de tudo,
Não lhe darei qualquer resposta.
Pois que o dito pelo não dito
Faz de minhas palavras a minha prece.
De um gritar pelos olhos
Um tanto em vão
Um tanto só.
Um tanto nada
Um tanto pó.
Mas, se ainda me perguntas
Por que não tenha a coragem?
Sei que me tens a resposta
Cujo medo de dizer
Mata-nos aos poucos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

...

E como se num estranho rodar da cabeça
A alma parecia querer outro corpo
Como se numa recusa inexplicável
Forçava o coração a estancar-se,
Só não sabendo
Se por instantes
Se por sempre.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ao meu amor, com suco de laranja.

E sim, caso me perguntes, eu caso.

Não porque te quero, simplesmente.
Caso porque me és além
Porque, mesmo que questione, amo-te.
E não um amor de amar por tão somente
Pois, se bem me conheces, dou-me por intenso
E por isso te amo a todo instante
A todo olhar,
A todo gesto,
A todo sorriso que esse teu rosto me lança
Amo-te por Amar
Um amor que de mais a Incondicional, chamo-o: A.R.
E pois que de vida
Poucos a entender
Que de alma, a desconfiança de um coração pleno.
E de teus olhos, os porquês incansáveis
De quem, incompreensivelmente, queria uma fôrmula
Que medisse o amor.

E não por querer dizer,
Mas que por fato:
Que amor não se mede
E muito menos se pesa;
Amor se sente, vive e leva.