domingo, 27 de março de 2011

CONFISSÃO

Eu não sei por que às vezes falo coisa por coisa
Num cantar estouvado, preso, confuso e passado.
São coisas, penso eu, que vêm da alma.
Frutos de um estrago feito e não consertado.

Por vezes me lembro que meus versos não eram assim;
Tão ébrios, tão tolos, tão fracos;
Meus versos cantavam sons sem começo nem fim.
Eram perfumes de raros os frascos.

Agora já nem bem sei o que são
Talvez quartetos rimados que se passam e vão,
Não são como outrora que marcavam a história.
Agora já bem sei: são restos da memória.

Pensar em compor eu já não penso,
Passeio em idéias, momentos,
Por vagos a inúteis pensamentos.
Passados, perdidos; restos do meu tempo.

terça-feira, 22 de março de 2011

De hoje.

E não como o hoje
Que já não tanto como o ontem
Concretiza a realidade de meus indesejos.
E, não a explicar, pois que de tão somente
É o que sinto sentir.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Cognatismo ao Amor

E hoje, veio-me a vontade inusitada de gritar ao mundo,
Esbravejar, loucamente, como quem carrega consigo o coração sobre as mãos; seu nome.
Dizer aos céus que és meu,
Cantar aos louvores etéreos que te amo
Que te quero a cada instante
A cada abraço,
A cada beijo,
....................[infinitamente constantes.
Fazer partir de meu âmago, toda minha paixão,
Todo meu desejo,
Fenecendo-me aos poucos com o extasiar de teus olhos
De teu corpo,
De teus sorrisos.
E assim, sob o pândego que por sempre me sustenta
Soarei pelo mundo, pelas sutilezas dos ventos
O sinônimo de amor: seu nome.

domingo, 13 de março de 2011

À Helena,

E foi assim que, vivendo aos conselhos do tempo, pude aprender que amar é chama que reacende no brilhar dos olhos e daquele eu te amo.
Que aprendi um novo conceito de sentimento
Que é mais do que amor,
Um sentimento que conjugarei eternamente ao meu lado:
Helenizando-me.

Flechas

E se acaso me perguntes se resta alguma esperança
Pois vos digo, ainda havia.
E. se no clarão de suas falsas razões enxergar-me como o errado
Vos digo que quem dá causa é o causador.
Que, de todo meu sorriso
Fostes tu meu desterro
E, que, de hoje
Se tua felicidade se encontra a milhas de meu eu
Que sejas feliz
E que, para mim
Basta.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Aquilo que chamaram de monstro

E por tanto quanto disseram-no ser um monstro
Que, por tal a escolherem-no um sentimento
Moldando-o a uma decepeção
Que as flechas da desilusão atingiram (ainda que aos poucos
O surrar de seu coração.
E, imperceptivelmente, alimentaram a passos lentos
O desterro de um anjo que ainda poderia ter suas asas
.......................................................................................[novamente.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Seis

O porquê do impossível,
Em sua conformação institivamente intangível,
Fez de mim um instrumento.
Um releito, já sem nome
....................[sem sangue.
E como se de todo esforço
O todo ainda fosse em vão
Perdido em atitudes desreconhecidamente valoradas
E julgadas perante a unicidade dos olhos
Que não se pergutam o porquê.
.......................................[de seu(s) impossível(eis)

quarta-feira, 9 de março de 2011

.

Não me importei com a realidade que julgaram sê-la.
Não fui feito de certeza, nem tão pouco de pensamentos.
- fui feito de mim mesmo, numa dose um tanto insana
De desrealidade racional.

sexta-feira, 4 de março de 2011

(Des) Razões

E se o futuro estivesse tentando lhe dizer algo por você mesmo? Como se, por suas palavras, aquelas que ninguém ouvia, realmente não eram para serem ouvidas senão apenas por si mesmo.
E por que não abristes os teus olhos e preparastes para o tudo?
Por que taxou-se de louco? Ouça a ti mesmo, ouça a tuas palavras.
Lembra-te, qual foi a primeira coisa que falou sobre elas?
Acha tudo sem sentido. Mas por que não interpreta com mais delicadeza as fruezas do implícito, jovem lírico.
E, se num cair da insanidade, pense bastante naquilo que batizastes de "Confissão".

No Eu.

O Eu é um ser um tanto quanto paradoxal
Numa mistura, imperceptivelmente, simples e complexa.
Um Eu é estável, é fixo.
Não obstante, é inconstante, é dinâmico.
É, pois, contra-cena de caos e ordem
Que, outrora, ama rosas
Noutra, cravos.
É perdido. É achado.
O Eu, enfim, só pode ser algo:
Uma busca.

quinta-feira, 3 de março de 2011

...mática.

Não precisa me ensinar as coisas que já desaprendi.
Não, não preciso de seus verbos.
Aprendi a cria-los:
Desaprendendo de você.