quinta-feira, 9 de junho de 2011

No uivar do último lobo da alcatéia.

Hoje não quero falar sobre nada.
Não quero falar de dores
De alegrias
De mim.
Não quero falar de você.
Não quero falar de nós.
Não quero nada. Nada além do nada.

Não. Não quero respostas
E muito menos perguntas.
No hoje, o além de mim cegou-se

Hoje não vou prometer
Não vou fazer
Nem vou sentir
Hoje apenas vou escrever
De como matei uma metade de mim:

Arrancando à força meia leva de um frio coração, de uma recordação e de toda insegurança.
Jogando sob o túmulo
A ainda frágil, mas persistente:
Semente da esperança.

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