segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Por dentro

E estava ali, acompanhado de si mesmo
E tão só assim; sozinho.
E que por de trás de cada sorriso
Uma lágrima escondida
Um vazio
Um nada.

Ainda que tivesse a quem dizer
Ainda que as palavras fossem ditas
E pudesse ser escutado
Aquele infinito intangível
Persistia. Angustiava
Enferrujando o coração.

E como o pior dos covardes
Admitia sua covardia
É fraco para acompanhar a morte
E tolo para seguir em frente
E por isso pára em si mesmo
Acostumando-se com a águia
Que aos dias lhe tira o sangue.

E não há o que fazer
E não há o que pensar
Se já não podes mais viver
Se já não podes mais falar.

Apenas tenhas força de dizer.
...................................[Adeus.

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